G5RV - Uma guerreira para todas as faixas - ( parte 1 )

Posted: terça-feira, 19 de outubro de 2010 by Edson in Marcadores:
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A G5RV é hoje uma antena muito popular nas bandas de HF. Apesar do uso difundido nessas faixas, há alguns mitos e conceitos errôneos relativos à ela. Isso parece fazer parte da existência da mesma.
À luz de texto do " Antenna Compendium ", Volume 1, eu gostaria de esclarecer alguns tópicos sobre essa versátil antena, derrubando, inclusive, alguns mitos erroneamente criados.
Iniciando vejamos o que diz Louis, G5RV,(O AUTOR DO PROJETO) de West Sussex ,Inglaterra:
" A antena G5RV, com seu arranjo de alimentação especial, é uma antena multibanda alimentada na parte central, podendo operar eficientemente em HF, de 3.5 a 28 MHz.
Suas dimensões são especificamente projetadas para operar em áreas de espaço limitado (V invertido),mas que pode "esticar" para razoáveis 31 metros, quando operada totalmente esticada.
Adicionalmente, Louis afirma que, " Ao contrario das antenas multibandas, em geral, a G5RV desenhada em versão comprimento total não foi projetada como um dipolo meio-onda na freqüência mais baixa de operação, mas sim como uma long-wire com 3/2 de onda alimentada no centro em 14 MHz, onde os 10,36 m de linha aberta funcionam como um transformador de impedancias 1:1
Isto faz com que a alimentação, com linhas abertas de 75 ohms ou cabos coaxiais de 50/75 Ohms nos levem à uma alimentação perfeita nessa banda, com uma conseqüente SWR baixíssima
Porém, em todas as outras bandas de HF, essa seção casadora serve como uma maquiagem, acomodando parte da estacionária (componentes de corrente e tensão), que,  em certas freqüências operacionais, não pode ser completamente acomodada na versão totalmente esticada ou mesmo em V-invertido.
A freqüência central do projeto da versão em tamanho completo é 14,15 Mhz. e a dimensão de 31,27 m é derivada da fórmula para antenas long-wire, que é:
COMPRIMENTO = 149,95(n -0 ,05)/f(MHz)
                                 = (149,95 x 2,95)/14,15
                                 = 31,27 m
onde n = o número de meio comprimentos de onda do fio (versão esticada)
Considerando que o sistema inteiro será levado à ressonância pelo uso de um acoplador de antenas, na prática, a antena é cortada com 31 metros.
Como a antena não faz uso de "traps" ou ferrites, a parte dipolo da mesma se torna progressivamente mais longa (eletricamente) com o aumento da freqüência.
Esse efeito confere certas vantagens sobre o uso de "traps" ou ferrites, pois com o acréscimo de comprimento elétrico, os lóbulos maiores da componente vertical do diagrama polar tendem a diminuir, à medida que a freqüência sobe. Assim, de 14 Mhz para cima, boa parte da energia irradiada no plano vertical é feita em ângulos interessantes para DX.
Em adição, as mudanças de diagrama polares com o aumento de freqüência tendem a um padrão de dipolo de meio-onda típico em 3.5 MHz,   um dois meia-onda em fase em 7 e 10 MHz e  para o de um padrão de long-wire em 14, 18, 21, 24 e 28 MHz.
Embora o casamento de impedância com linha aberta de 75 ohms ou coaxial de 75 ohms na entrada da seção casadora seja bom em 14 MHz, podendo ainda resultar numa SWR de 1:1,8, com cabo coaxial de 50 Ohms, nessa banda, o uso de um acoplador de impedancias é necessário em todas as outras bandas, porque a antena mais a seção casadora apresentarão uma carga reativa ao alimentador, nessas outras faixas.
Assim, o uso do tipo correto de casador de impedancias é essencial, de forma que assegure a transferência do máximo de potência à antena, a partir de um típico transceptor que tenha impedancia de 50 ohms de saída (desbalanceado). Considerando que os modernos transceptores utilizam proteção contra altas SWR, iniciando sua atuação a partir de relações de 2:1, o acoplador irá ajudar, também, para que o mesmo libere toda sua potência. Boa parte desses transceptores já possuem, internamente, esses acopladores automáticos, que se prestam perfeitamente para essa finalidade.

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